segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Herpes Labial

É uma situação bastante comum aparecer um utente com o lábio inchado. Muitos sabem do que se trata pois já aconteceram outros episódios, sendo que mesmo assim ainda há algum desconhecimento sobre o assunto.

O que é?

O herpes labial (HL) é uma infecção causada pelo vírus Herpes simplex tipo 1 (HSV1).O herpes secundário (herpes labial recidivante) é uma reactivação local do vírus que produz uma úlcera no lábio.


Herpes labial

Quais os sintomas?


Usualmente, o HL aparece na zona externa do lábio, à volta deste ou nariz.

Os sintomas são facilmente reconhecíveis; o formigueiro, ardor, comichão, aumento da sensibilidade, inchaço; além disso surgem vesículas. As ulcerações são recobertas por uma crosta amarelada. Pode causar dor ao comer, beber, falar e são inestéticas.

Fases do Herpes labial



Qual a causa?


A infecção primária ocorre usualmente na infância em que a criança contrai o virus de um adulto. Esta é normalmente assintomática, mas pode surgir como gengivoestomatite aguda (bolhas e feridas dentro da boca). Depois da infecção primária, o vírus migra via nervos sensoriais ao gânglio (trigémio), onde permanece lactente ao longo da vida. As pessoas que não tiveram herpes na infância e só a contraem na vida adulta podem ter sintomas mais graves.



Como prevenir?


Os individuos afectados podem transmitir virus a outras pessoas directamente. A contaminação de objectos pode ser uma fonte de infecção; quando existem lesões estas nãos se devem tocar, evitar os beijos ou a partilha de objectos de uso pessoal, copos, deve-se utilizar toalhas próprias. Não se deve esfregar os olhos nem as pálpebras; não mexer nas lesões e evitar o sexo oral. Cuidado também com a contaminação das lentes de contacto pelo risco de transmissão aos olhos. Após a aplicação da medicação deve-se lavar as mãos com sabão e até se deve usar anti-sépticos.

No entanto sabe-se que existem diversos factores desencadeantes da reactivação do virus que retorna às células epiteliais: febre, menstruação, alergia alimentar, exposição solar, fadiga, emoções, tratamentos dentais, stresse, trauma, resfriado e factores que afectam o sistema imunitário.


Como se trata?


É uma doença benigna e autolimitada, que se trata em dez dias.

O tratamento tenta reduzir a frequência e gravidade do HL, acelerar a resolução das lesões, aliviar os sintomas e prevenir a infecção bacteriana secundária.
A terapêutica farmacológica deve ser considerada em algumas pessoas com recidivas e nos imunodeprimidos.
No tratamento episódico é essencial começar a medicação aos primeiros sinais do HL.
A terapêutica supressiva pode ser considerada num doente com mais de 6 episódios num ano.
Na redução dos sintomas temos anestésicos tópicos, emolientes, analgésicos,ou preparações oclusivas .
Os protectores tópicos, como vaselina, óxido de zinco podem aliviar a secura da pele e prevenir as fissuras e evitam que o vírus se estenda às zonas circundantes que podem levar à infecção bacteriana secundária. Os pensos hidrocolóides apresentam uma eficácia semelhante ao aciclovir em creme.
Os antivíricos tópicos são muito utilizados e são bastante eficazes na redução do tempo de cicatrização quando iniciados muito precocemente após detecção dos primeiros sintomas.
Os mais utilizados são o aciclovir e o penciclovir, estes reduzem a duração das lesões sendo muito eficazes. Existe ainda a associação de aciclovir com um costicosteróide (hidrocortisona) que não tem grandes efeitos benéficos.
Os antivíricos orais podem ser usados em casos graves ou em imunocomprometidos com risco de desenvolvimento de complicações.
No tratamento de episódios recorrentes de HL têm sido usados o aciclovir, o valaciclovir e o famciclovir, podem reduzir a redução dos sintomas e o tempo de resolução, se administrados cedo nas recidivas. Para os que que padecem de recorrências não muito frequentes é indicada a terapêutica intermitente dos episódios, mas o número de recidivas pode ser limitado com antivíricos orais.  

Em caso de dúvida, peça ajuda ao seu Farmacêutico.


  


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